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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

27
Jul13

Momentos do futuro livro "Os três mafarricos - Noite escura, Meia de Leite e Branquelas".


canetadapoesia

"Todos estavam com larica, e este trabalho de separar as madeirinhas ainda lhes abriu mais o apetite. O melhor é fazermos um intervalo, trincar qualquer coisita e beber uns goles, depois continuamos o trabalho, que acham? Boa ideia, estávamos mesmo a precisar de um intervalo. São mesmo uns calões, atira Noite Escura, ainda agora começaram e já estão a baldar-se ao trabalho. Vai-te catar Noite, se ...não queres a sandes não comas que eu divido-a com o Meia e olha que não sabes o que perdes, são feitas pela mãe dele, sabes o que têm, sabes? Já devias saber que são sempre uma maravilha, peitinho de frango desfiado e sem ossos, sem ossos, é só trincar, e pelo meio ainda levam daquela coisa acastanhada, como se chama? Mostarda, diz Meia de Leite. Pois, mostarda, é isso mesmo, dá-lhe aquele sabor meio picante e, se apertares bem vês a mostarda a sair aqui pelos cantos. Se não a queres não se vai estragar, está descansado. Quem disse que não a queria? Só estava a chamar a atenção que assim nunca mais acabamos as gaiolas, passam a vida a parar e a fazer intervalos. Não te preocupes que o mundo não acaba hoje. Se não acabarmos as gaiolas hoje acabamos amanhã, e, com sorte ainda temos outro lanchinho destes."
27
Jul13

Não é suficiente


canetadapoesia

 

Que posso eu fazer?

Tão atado de mãos que mal me mexo?

Só me resta o papelinho,

que de tempos a tempos,

se esforçam por me fazer rendê-lo a seu favor,

e isso não é suficiente.

Ponho o papelinho a render-vos dividendos,

Mas pelo menos,

Mostrem que são capazes de o capitalizar.

26
Jul13

Como uma flor


canetadapoesia

 

Tão pequenina que até assusta,

como uma flor de tamanho reduzido,

assim eras na fotografia que já tinhas,

ainda nem nascida eras.

Um feijãozinho,

encaracolada e aconchegada ao útero de tua mãe,

uma pequenina flor e já eras a minha princesa,

uma princesa que apesar de não seres real,

eras uma realidade para quem te irá amar,

sem te conhecer ainda,

mas conhecendo-te pela vida fora.

25
Jul13

Não dá, hoje não dá mesmo


canetadapoesia

 

Quando não dá, não adianta insistir,

e hoje é um desses dias,

não dá, não consigo escrever uma só palavrinha.

É um dia triste, um dia de pezar,

por tanta vida desperdiçada na voragem,

de uma modernidade anunciada mas não preparada.

Exigem-se coisas que nem os malabaristas conseguem,

e no final, quando os resultados são negativos,

todos lamentam, todos se condoem,

mas a montante, a exigência no cumprimento de metas,

nos horários que não podem falhar,

enfim, tantas coisas que não podem falhar,

mas quando falham e são tantas as vezes,

há que assacar responsabilidades,

aos que estão mais próximos do acontecimento,

os que cumprem as ordens de apressar,

de não tardar o progresso que se quer lesto.

A culpa? Essa nem sempre está em quem carrega no acelerador,

Mas quem manda carregar não estará presente nestas horas.

25
Jul13

Paisagem natural


canetadapoesia

 

Chegados ao local, parados e extasiados,

debruámos a vista com a paisagem natural.

Natural, não humana,

algo ainda intocado por mãos impuras.

À nossa frente a majestosa obra de uma mão superior,

de quem cria um mundo para ser perfeito,

até à chegada do homem.

25
Jul13

Brutal


canetadapoesia

 

Jaziam envoltos em mortalhas improvisadas,

ceifados no tumulto da desgraça,

vidas que se perderam,

vidas que se findaram,

na estúpidez humana,

na voracidade da velocidade,

que tudo arrasta e tudo arrasa,

e no meio da destruição,

por entre os escolhos da modernidade,

deitados e já sem vida,

não voltam para contar o que sentiram na hora da partida.

25
Jul13

Teia de aranha


canetadapoesia

 

Do tecto pendia no vazio,

brilhante e sedosa,

tecida com a perícia,

elaborada com a paciência,

que só os grandes artesãos,

os verdadeiros artistas conseguem.

Pendia do tecto,

agarrava-se às paredes esquinadas,

e era um dos mais belos,

emocionantes e grandiosos,

espectáculos desta natureza que nos brinda.

Uma teia de uma laboriosa aranha,

Um pedaço de uma vida efémera.

24
Jul13

Vaguear


canetadapoesia

 

Vagueio pelo vento,

que te envolve.

Vagueio pelos teus cabelos,

que se levantam e ondulam pela sua força.

Vagueio pelo teu corpo,

que se arrepia à sua passagem.

Vagueio por ti,

que te acolhes em mim.

24
Jul13

Brilho próprio


canetadapoesia

 

Vejam como luz!

Tem brilho próprio e nem sequer é ouro.

Há mais coisas que brilham para além do metal.

O carácter, os princípios, a ética e a educação.

Têm brilho próprio também,

e se não luzem como o ouro,

iluminam a alma de quem os aprecia,

encadeando os que com eles contactam.

24
Jul13

Quase diálogo


canetadapoesia

 

Afinal que se passou?

Porque repete o exame?

Porque se submete de novo a esta adrenalina?

Não correu bem da primeira vez?

 

Quase corria bem.

Se não fosse a negativa até teria passado,

É que estive mesmo lá perto,

Era só mais um bocadinho.

Tive oito valores no exame.

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