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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

20
Jul13

É assim Lisboa


canetadapoesia

 

Pela rua Serpa pinto acima,

com paragem no Museu de Arte Contemnporânea,

para um concerto com a fadista Aldina Duarte,

mais acima, cerca de meio quarteirão,

outro concerto nos surpreende, desta feita,

pelo estrondo do som que emana da varanda do TNSC,

nada mais que o coro entoando uma ária de “El toreador”.

Soberbo no fim de tarde de verão,

toda a área do Chiado o ouvia e na rua era de facto espantoso,

e o sol a pôr-se no horizonte.

Fabuloso.

É assim Lisboa.

De outras eras, de eras actuais, sempre Lisboa,

Que canta e encanta quem por ela se souber apaixonar.

20
Jul13

Negra


canetadapoesia

 

Ninguém duvidava que era negra,

a cor da sua pele não o permitia,

estava-lhe nos genes.

Negra, filha de negros.

Um avô transmontano vincou-lhe os traços,

E na sua pele escura,

Luzia o mais branco dos negros.

No seu negro corpo,

residia a beleza ímpar da mulher transmontana,

também ela uma mistura,

de Celtas, Iberos e outros mais,

mas os seus olhos verdes não desmentiam,

que o sangue Celta,

atravessara montanhas, planícies e cruzara os mares,

criando a beleza única da mulher,

negra e de olhos verdes.

Uma deusa do Olimpo da beleza,

com o corpo de mulher negra.

20
Jul13

Fúria


canetadapoesia

 

 

Contra mim não,

não arremetas contra quem,

nem uma mão levantará para se defender,

não arremetas contra mim.

Mesmo que o faças,

ainda que veja minhas carnes,

dilaceradas, rasgadas,

pela fúria que te contempla,

não levantarei uma mão para me defender,

não me atrevo a magoar outro humano meu irmão.

20
Jul13

Ao vento, ao sol e à lua


canetadapoesia

 

 

Deixo ao vento a liberdade de me levar,

por aí, descendo ruas, subindo colinas,

andando pela cidade.

Deixo ao sol a capacidade de me aquecer,

nos dias frios de inverno que aí venham,

enquanto ando pelas ruas da minha cidade.

Deixo à lua a facilidade com que a sua luz me comove,

quando à noite me debruço na janela,

e nela deposito meu olhar.

Deixo a estes três elementos essenciais à minha vida,

o apreço por me manterem vivo e de alma desperta,

para o mundo que me rodeia,

e para o amor que me encanta.

19
Jul13

Um caderninho preto


canetadapoesia

 

 

Tenho um caderninho preto,

ali escrevo o que me vai pela alma,

e faço-o nos locais mais estranhos,

ou talvez não,

mas escrevo tudo o que me vem à mente,

e são tantas coisas que me custa lá colocá-las todas.

Mas este caderninho é importante,

não por ser preto,

ou que fosse de qualquer outra cor,

mas porque é o receptáculo das minhas palavras.

Boas ou más, lá estão todas elas,

juntas e formando frases,

que têm sentido ou talvez não,

mas são os meus pensamentos,

é a minha alma em escrita de caneta.

19
Jul13

Do livro "Tágide"


canetadapoesia

Lisboa

 

Só poderia ser um poema,

Sete colinas,

Um rio pelo meio,

Do outro lado Almada.

Entre socalcos,

Encostas e inclinações,

Lisboa.

De tantos amores,

De tantas dores,

Revoluções,

Sonhos desfeitos,

Outros por cumprir.

Aqui está o poema que Deus criou

E o homem juntou ao nome que o mundo soletra,

Lisboa.

18
Jul13

De "Duas vidas & mais uma"


canetadapoesia

Abri o meu livro ao acaso, escolhi uma frase:
  

"Desde logo, a tristeza de ter deixado uma vida pacata mas feliz por força de vir para Portugal a seguir à revolução de Abril. Não tinham nada, no que concerne a bens materiais mas tinham algo de mais importante, tinham a felicidade de ter uma vida unida e rica de sentimentos que distribuíam a esmo por quantos com eles contactavam. Esta foi a primeira pedra na tristeza que se deparava na sua vida e o seu rosto reflectia."
 

"Duas vidas & mais uma" de Luis Filipe Carvalho

18
Jul13

Espera


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Espera

 

Não vens, mas ainda assim,

espero-te,

com a vontade férrea de te ver,

espero-te,

porque te quero perto de mim,

espero-te,

porque não te quero afastada,

espero-te,

sempre que estás longe.

18
Jul13

Espelhos


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Espelhos

 

Que reflectem as imagens mais prováveis,
as nossas imagens,
aquilo que queremos ver,
o que gostamos de apreciar,
mas os espelhos podem revelar outras coisas,
aquilo que não vemos à vista desarmada,
ao primeiro olhar não se mostram nos espelhos,
os estados de espírito,
os ânimos e os sentimentos,
os espelhos não nos mostram a nossa alma.
17
Jul13

Necessidades


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Necessidades

Tenho necessidades,
e são muitas,
mas concentro-as todas numa só,
tenho necessidades de ti!
Quero sentir-te,
e isso é uma necessidade imperiosa,
preciso do teu corpo ao pé do meu,
sentir-te que é muito mais do que o tacto me pode dar,
é olhar-te, ouvir-te,
e finalmente desvancer-me em ti.

 

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