Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

30
Set13

Varinha de condão


canetadapoesia

 

Manchado do sangue,

que não devia ser vertido,

em farrapos de ânimo,

com a alma estrupiada,

e a farda já rasgada,

de tanta violência incontida,

ainda assim, se considerava um Deus.

Tinha nas mãos o instrumento,

a varinha de condão,

que possibilitava a vida ou a morte,

e à sua frente o resultado macabro,

da sua irracional utilização.

30
Set13

Elegância


canetadapoesia

 

Passaste por mim no passeio,

arrastaste contigo o meu olhar,

sem lascívia, sem malícia.

Perfumaste a rua com o aroma,

que na tua pele trazes vestido,

e deixaste atónitas minhas narinas,

que não criando mais desejos,

me limpou a alma,

com a beleza do teu corpo,

com a elegância do teu andar.

30
Set13

Também cumpri


canetadapoesia

 

Aí pelo meio dia, dirigi-me ao local,

localizei ponto, dispus-me a cumprir.

Ainda que não me iludisse,

estas eram locais, diferentes das outras,

daquelas em que se amontoam e acotovelam,

uns aos outros na procura de garantir um lugarzinho,

à sombra do mesmo Estado que denigrem,

que procuram por todos os meios destruir,

mas para eles é sempre uma garantia de longa e profícua vida.

Desiludido, consciente disso, mas localmente, cumpri.

Cumpri mas castiguei e espero que bem.

30
Set13

Cabeças baixas


canetadapoesia

 

Saiam aos pares, sózinhos,

todos tinham uma característica comum,

vinham de cabeça baixa.

Pensando, talvez, em como uma papelinho,

coisa aí para uma medida de 15x10,

cheio de garatujos, siglas diversas,

poderia vir a mudar a sua vida,

ou talvez não!

Cumpriram a sua obrigação, exerceram o seu dever.

E com isso não se sentiam felizes,

de ter conferido à ocasião,

a solenidade e alegria de outros tempos.

Vinham tristes, rostos fechados,

sabendo, bem no fundo do coração,

que nada mudaria, que tudo seria igual,

e afinal o papelinho pomposo,

não era mais que uma nova forma,

rebuscada e engalanada,

de os enganar de trair os seus sonhos.

29
Set13

E assim a vida


canetadapoesia

 

E assim engalanados,

caminhamos a vida,

galgando as ondas,

cujas dimensão e rispidez,

nos arrastam para mares,

revoltos ou em mansidões,

de aterradora ameaça se manifestam.

29
Set13

Esquina


canetadapoesia

 

Na esquina do costume por ti esperei,

não demoraste porque a tua urgência era a minha,

porque a tua ânsia provinha de mim,

e o meu desejo, em ti se consubstanciava.

28
Set13

Será que sim?


canetadapoesia

 

Abre o ano lectivo,

com os problemas de sempre,

outros mais agravados.

Nas ruas limítrofes à escola,

Ouve-se o chilrear da pequenada,

Os homens e mulheres de amanhâ!

O bando de pardais humanos,

que vai chilreando com o passar dos anos.

É da natalidade, reportam uns,

é da falta de capacidade económica, gritam outros.

No meio da cacofonia,

avança outro grande problrma.

Sim, os professores.

Ano após ano, ensinam,

ano após ano, esperam.

Será que sim? Darei aulas este ano?

E o País empobrecendo,

cultural e economicamente.

28
Set13

Núvem


canetadapoesia

 

E assim caminhando,

vejo ao longe a núvem,

que não tomo por Júpiter,

mas que se desfaz perante mim,

num céu azul e brilhante,

quiçá, desfazendo o futuro,

em destroçados fiapos,

o caminho da esperança.

28
Set13

Outono


canetadapoesia

 

Amanheceu cinzento.

a custo e a força de braços,

o sol abriu caminho entre as nuvens.

Assim se prenúncia um fim de verão,

assim se demonstra que a época,

onde agora vamos entrar,

não será já de calor intenso,

mas será também prazenteira.

Aproximam-se os ventos do norte,

o frio que conserva as carnes aumenta,

sobbretudo o extenso prazer,

de uma fumarada de castanhas assadas.

Pág. 1/8

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

Caneta da Escrita

Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub