Maresia
canetadapoesia
Porque tu és onda,
que se revolve cresce e espraia,
e eu a maresia que sobe e desce,
num contínuo movimento,
em que o tempo é esquecido.
Entre o teu revolver,
me contornas e envolves,
em sucessivas imaginações,
dessa tua água salgada,
e eu, em espuma me tornarei,
na praia de nossas vidas.
Cheiras a maresia,
inalo o aroma que vem de ti,
e assim inebriado,
me deixo levar pelo doce vaivém,
das ondulações que me deleitam,
onde outras vidas se darão à criação.