Aos magotes
canetadapoesia
Chegavam em grupos, aos magotes,
asas abertas à liberdade que a idade lhes permitia,
e a saudade ausente lhes assegurava,
como tributo à amizade celebrada.
Falavam entre si, entre todos,
conhecidos, amigos ou simplesmente presentes,
gratos pelo ajuntar dos anos passados,
num momento único, o encontro anual.
Um encontro da saudade com a amizade,
do carinho da distância, com o mais puro prazer,
de uma presença que se sente,
palpável e calorosa na aproximação.
Os decibéis a aumentar, e os corpos a pedir,
balanço e embalo envolvente e um abraço quente,
dos trópicos feitos Europa, e nele se deixam ir,
em sorrisos mil vezes calorosos.