Silêncio da alma (2010)
canetadapoesia
Nos salões o silêncio,
a calma que sobrevive,
às tempestades do exterior.
No ar um som curto,
abafado e rouco,
pelos sentidos escutado,
de jazz instrumental.
Na alma solta pela nostalgia,
do dia chuvoso e cinzento,
o momento do prazer,
da escuta do inescutável,
aquilo que só os apurados sentidos,
buscadores das coisas,
que os silêncios possibilitam,
a palavra solta-se em escrita,
e preenche o silêncio da alma atenta.