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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

05
Mai15

Resolvi-me (2015-05-05)


canetadapoesia



Calhou, saí de casa e não me esqueci da “pen”,

lá onde guardo alguns tesouros,

onde enclausurei as minhas princesas,

não, não as fechei ao mundo,

só guardei as suas fotos para posterior impressão,

porque elas são um tesouro, o meu tesouro.

E então imprimi.

Olhei-as depois e sorri, enchi o rosto de felicidade,

ali estavam as fotos que me faltavam,

aqueles em que já estava em falta,

as fotos da minha princesa mais nova,

a Margarida, uma flor do meu jardim.

Depositei-a bem enquadrada, numa moldura,

coloquei-a ao lado da outra, da Carolina, tirada anos atrás,

e as duas, as princesas do meu coração,

lado a lado, ali estavam, serenas e rosadas,

olhinhos ainda fechados, barretes na cabeça e,

a roupinha do primeiro dia no mundo.

Foi o primeiro dia em que as vi,

depois de se darem a conhecer ao universo,

como as pessoas que logo me tomaram o coração.

04
Mai15

Foi primavera (2015-05-04)


canetadapoesia



Floriram e espalharam-se por toda a cidade,

foi Abril e floriu,

abriram-se as portas que se fechavam,

na masmorra da memória,

soltaram-se os cravos, vermelhos,

e eram raivas, sonhos em mutação,

caminhando por ruas e ruelas,

levando a nova a outros recantos,

trazendo em troca,

alegrias e tristezas, envolvimentos e abandonos,

mesmo que outros jardins murchassem,

era Abril e a primavera floria.

04
Mai15

Uma tarde em Lisboa (2015-05-04)


canetadapoesia



Na verdade está-se bem,

à frente só uma nesga de céu,

apesar do pingar alternado,

o azul celeste ainda nos ofusca.

O sol envergonhado,

vai dando um ar da sua graça,

rompe as nuvens,

expande uns raios.

As nuvens cerram fileiras,

voltam a cobrir o sorriso solar,

e para acalmar os enviados calores,

despeja-lhes água em cima,

e está fria, muito fria,

tão fria que,

nem o pequeníssimo calor do sol,

tem capacidade para a aquecer,

nesta tarde por Lisboa.

02
Mai15

Porquê? (2013)


canetadapoesia



Porquê?

Pergunto-me sem resposta.

Minudices, coisas sem importância,

mas então como se chega a isto?

Minudices, coisas sem importância,

e leva a extremos destes?

Minudices, coisas sem importância.

tantas vezes repetidas,

outras tantas engolidas,

e, finalmente, o porquê respondido.

02
Mai15

Pedras da calçada (2015-05-02)


canetadapoesia



As pedras calcadas,

gastas até à exaustão,

reflectindo a cultura,

demonstrando a exactidão,

de quem laboriosamente as coloca,

criando desenhos,

pintando sonhos,

alindando Lisboa.

01
Mai15

Abstracção (2015-05-01)


canetadapoesia



Na abstracção total,

entrecortado o silêncio,

pelo longínquo ruído das vozes,

que na tarde não se apagavam.

Fez-se luz.

Olhou à volta e viu o mundo,

das diferentes gentes que por ali deambulavam.

Um mundo de diferenças,

um mundo de semelhanças,

um mundo por acertar.

01
Mai15

O monumento (2015-04-23)


canetadapoesia



Num canto da vetusta pedra se revolvem dois corpos,

no sentimento e volúpia que os séculos imortalizaram.

Confundidos com a oculta esquina em que se procuram,

no local em que se encontram e as mãos se perdem,

entre carnes e pedras onde o actual e o antigo

se completam, ali mesmo, entre pedras vetustas.

E entre as pedras não há mais nada,

só o abandono de dois seres que se perdem entre si,

nos prazeres que o corpo de hoje exige, como o de ontem.

Prazeres carnais, sensações da alma,

que alimentam e mantêm a humanidade.

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