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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

12
Nov15

Música (2012)


canetadapoesia

 

 

Soava no ar,

saía não sei de onde,

mas alegrava o ambiente.

Um flamengo,

sentido,

como o nosso fado,

o fado dos nossos irmãos de jangada.

Intercalava com os blues,

de um saxofone entontecedor,

daqueles que fazem deitar a cabeça,

quando se dançam.

Um ambiente de fantástico sossego.

Um oásis de calma e silêncio.

Um espaço para pensar.

11
Nov15

O abraço de Lisboa (2015-11-05)


canetadapoesia

 

 

Nas feéricas luzes

que te iluminam a noite,

és a mais linda cidade

que da natureza nasceu

entre as sete colinas

que embelezam os teus vales.

Entre subidas e descidas,

monumentos e outros esplendores,

espairecemos a alma,

serenamos o coração,

e nesta Lisboa encantada,

todo o calor humano que ainda a habita

se solta num abraço,

que o Cristo Rei do alto da sua imponência,

distribui a quantos a visitam.

10
Nov15

Com ruído (2015)


canetadapoesia

 

 

Entra-nos pelos ouvidos, massacra-nos a alma,

deixa-nos o corpo em estado irritado,

não se percebe como conseguem assim tão perto,

com elas nas mãos, suportar tamanha agressão.

Estraga-nos o dia, esfrangalha-nos o coração,

tira-nos a vontade de saborear,

nas primeiras horas do dia,

o sabor do cheiro do café,

aquele aroma que se espalha no ar,

que nos enche o peito e desperta a adrenalina.

Mas com este entrechocar de chávenas,

pequenas, inúmeras e irritantemente barulhentas,

ficamos contaminados pela intolerância

que o intrigante ruído produz,

o dia perdido para o silêncio que nos devia encher a alma,

transborda e diminui-nos na capacidade de o entender,

na vontade de amar um dia que podia ser diferente.

09
Nov15

Liberdade (2015-11-08)


canetadapoesia

 

 

Como era tarde da noite,

a madrugada nascia e a lua,

bem em cima de mim,

acendia a sua luminosa esperança.

Sentia o silêncio que me envolvia,

acendi o meu cachimbo,

recostei-me na cadeira,

olhei para o alto e senti as formas

que o fumo tomava,

logo que se libertava no ar.

A liberdade de se sentir sem prisões,

de sentir o vento na face,

de voar baixinho de quando em vez,

e subir às nuvens quando apetecesse.

Liberdade, a quantos sonhos obrigas.

08
Nov15

Ajuda de onde menos se espera (2012)


canetadapoesia

 

 

Espera, não desças, vou aí para te ajudar,

e espero que as perninhas ainda inseguras,

subam a escada traiçoeira e escorregadia,

mas chegam ao cimo,

seguram na sua mãozinha pequenina,

as manápulas gigantes de quem precisa de ajuda,

para descer tão íngremes escadas.

Lá vamos, de mão na mão ouvindo amiúde,

os conselhos de quem conhece escadas,

devagar avô, vê lá onde pões os pés, podes cair,

as escadas são perigosas, escorregam muito.

E eu, seguro pelas mãos da inocência,

vou descendo em segurança,

ainda que faça umas simulações pelo caminho,

que alteram aquele coraçãozinho de amor e carinho,

que no descer dos degraus me acompanha.

E se o coração que detenho no peito,

é maior e mais empedernido,

não deixa de se emocionar com tão desvelado cuidado,

de quem ainda mal sabe andar.

07
Nov15

Corre uma brisa (2015-10-05)


canetadapoesia

 

 

Levemente, quase um sopro,

quente e amena vai passando,

corre uma brisa,

refresca do calor que nos abrasa,

é uma brisa apenas,

pequenina, quase imperceptível,

mas dela discorre o pensamento.

“Matuta-se”, ou sonha-se, ou então,

devaneia-se somente,

mas o pensamento voa e dispersa-se

nas asas de um espaço ocupado,

por uma leve e suave brisa.

06
Nov15

E por isso… (2015-11-04)


canetadapoesia

 

 

Quando me sento nestas arcadas

de vidro fechadas e vista sobre a estação,

vejo a vida que por fora corre,

passa e repassa por esta calçada

que do Rossio liga aos Restauradores,

extasio-me com a luz das fachadas

desta emblemática cidade.

Por muito que a transformem,

que tentem modernizar

com a actual e fria

nova arquitectura,

há sempre uma referência,

existe sempre um rastro.

Uma nesga desta Lisboa que se ama,

num fervor luxuriante,

de abraços calorosos

de tanta pedra secular.

05
Nov15

E no entanto... (2013)


canetadapoesia

 

Sem querer ou imaginar,
vens-me à adormecida memória.
Em sonhos, soltos e espaçados,
adormecido na noite silenciosa,
em absoluto descanso mental,
desperto em outra dimensão,
apesar de tudo estou vivo.
Tento que o presente seja o toque de ordem,
prevaleça sobre o passado,
que de alguma forma já é distante,
mas não o controlo.
E no entanto...
Ali estás na noite escura e silenciosa,
mordendo os lábios, olhando-me provocadora,
excitando-me a libido, destroçando o meu descanso.
Como uma realidade, assim vivo o sonho, me desfaço,
e me convences e torturas, com as tuas mãos quentes,
a língua irrequieta e o corpo insaciável.
Rendido a teus encantos me deixo soçobrar,
e o silêncio da noite se transforma em grito de amor e prazer.

04
Nov15

Ambiências (2015-01-16)


canetadapoesia

 

À volta o ruído impróprio,
quando se quer silêncio,
quando se procura inspiração,
quando se quer escrever,
quando a alma intenta poetizar.
São chávenas e copos, são pratos e talheres,
tudo bate, tudo cai ou,
é atirado sem parcimónia,
para recipientes de lavagem,
ou mesmo de reciclagem.
Mas ao fundo da sala,
da mesa mais distante e recatada,
sai um ruído diferente,
e o que foi incomodativo se transforma,
em surpresa pelo agradável que era,
tão somente ligeiro e humano,
um choro de criança.
Que agradável momento.

04
Nov15

De cada vez que vos beijo (2014)


canetadapoesia

 

 

Sinto em mim uma excitação,

um frenesim que não tem explicação e,

de cada vez que vos beijo,

sinto nos lábios,

o doce sabor das cerejas doces,

e vermelhos como são,

expressam todo o carinho e amor,

que por vocês sinto,

de cada vez que vos beijo.

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