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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

31
Ago16

Ciclos de gerações (2016-08-31)


canetadapoesia

 

 

Que a vida se compõe de ciclos

que se reinventam e ocultam

entre as enormes voltas que dão

na história que nos devia estar presente,

ninguém tem dúvidas.

Se as houvesse não se repetiam tantos e enormes erros e,

os homens seriam mais felizes,

sem mágoas ou resíduos de ódios passados

que se reflectem nos dias presentes e acabrunhados.

A geração muda e muda o ciclo,

as gerações não sabem e nem querem saber

que para iniciar o seu ciclo outros ciclos se fecham,

muitas lutas travadas para que o mundo,

que ora se lhes oferece em novo ciclo,

seja melhor que o anterior e a vida lhes sorria

com os olhos do sofrimento do ciclo que a antecedeu.

Comete o erro da ignorância que acumula como sapiência,

resultando um novo ciclo a caminho das trevas que

corta cerce o futuro dos que em novo ciclo se seguirão,

em mais lutas e esforços redobrados

para que a dignidade lhes seja reconhecida como gente,

como seres humanos com direitos e deveres.

A história é uma grande lição,

parece que ninguém a quer ler e que todos acham

que descobriram a verdade e a vida que ora têm

sem a necessidade de saber qual o caminho percorrido.

Ciclos de amor e de terror que se repetem,

que se seguem inexoravelmente,

um após o outro, sem fim, sem memória,

porque ninguém lê a história e todos se acham donos

de uma verdade composta por tantas outras que,

só a história permite contemplar.

30
Ago16

Adoçam-se os olhares (2016-06-02)


canetadapoesia

 

 

Porque o poema não tem de ser escrito,

a poesia encontra-se em qualquer lugar.

Quando se adoçam os olhares

sobre o corpo de uma mulher,

nasce a poética do momento,

único, emocional e excitante.

Imagina-se um corpo,

que não são só ossos,

mas pele e carne que baste,

aveludada e sensível ao prazer

que das mãos de um homem

lhe percorrem as sensações da alma.

No correr da visitação,

encontrando em cada poro

a sofreguidão da descoberta e o arrepio do prazer,

que só um corpo de mulher,

na plenitude dos sentidos transmite,

a pura poesia do amor.

30
Ago16

Não me digas nada (2016-08-28)


canetadapoesia

 

 

Não, não me digas nada disso,

porque essas são palavras eroticamente relevantes,

e se mas dizes,

não fazes ideia do efeito que em mim produzem,

porque afinal sou humano e sou homem

e quando te ouço dizer-me ao ouvido,

que estás gordinha que devias estar mais magra,

a excitação que me causas é tremenda.

Não, não me digas essas coisas que me deixas fora de mim,

porque só me crias a ansiedade que este corpo,

quase inerte e esquecido,

tem de sentir o teu corpo roliço e cheio,

não gordinho, mas com o tamanho suficiente,

para que estas mãos ávidas de o percorrer

se percam em toda a sua extensão.

Correm de cima abaixo e vasculham cada centímetro,

no fim, satisfeitas e cobertas do prazer de te encontrar,

repousarão no teu farto regaço,

dessedentadas de amor e paixão,

com um corpo onde vale a pena ser homem.

Não, não me digas nada que não sejam palavras de amor.

29
Ago16

Os vossos sorrisos (2016-08-29)


canetadapoesia

 

 

Carrego comigo esses vossos sorrisos,

que me encantam, emocionam

e que ora se abrem a um mundo

que não sei como os acolherá,

no entanto são os sorrisos da esperança.

Este mundo em que nos deslocamos,

necessita deles com urgência,

dos vossos e de outros

que possuam a magnificência de o engrandecer,

porque o mundo anda triste e necessitado de futuro

e nos vossos sorrisos está a esperança da alegria.

Quero-vos agora como no futuro,

se lá chegar e a oportunidade existir

de vos continuar a amar,

mesmo a adorar com alma cheia,

porque vocês são o futuro

e trazem no rosto inocente,

todos os sorrisos do mundo.

28
Ago16

Às cores (2013)


canetadapoesia

 

 

Várias cores,

diferentes tonalidades,

todos abertos,

formando no chão,

sombras hexagonais.

Os chapéus de sol,

que protegem

e dão colorido à paisagem.

28
Ago16

Os cultos (2013)


canetadapoesia

 

 

Juntam-se os cultos,

os divulgadores da cultura,

cresce a cultura.

Nos que a buscam,

cresce a ansiedade da escuta,

e em cada aprendizagem,

um novo degrau é alcançado,

uma nova visão da vida,

uma alma mais aberta.

27
Ago16

São 66, Senhor (2016-08-26)


canetadapoesia

 

 

Que se contabilizam, é verdade,

desde um determinado início,

um ponto a partir do qual

passei a ser considerado humano,

gente que respira, chora e ri,

gente que sofre e se alegra

mesmo com as mais ínfimas demonstrações

do belo que a vida oferece.

Contabilizam-se sim,

já lá vão 66 sempre a somar.

Capicua, 66, que se lê da frente para trás

ou ao contrário de trás para a frente,

dois números iguais,

que se repetem e até se seguem neste caso,

uma clara demonstração de que o tempo,

esse ser misterioso que tudo acerta e corrige,

confrontando a arrogância da fingida sabedoria,

com a humildade do nada saber,

apesar da sapiência acumulada,

terá fatalmente a última palavra.

Capicua de vontades e desejos,

somatório de tristezas e alegrias,

dicionário de uma vida cheia,

de bons e maus momentos, de gente boa e má,

prevalecendo a primeira para nos alegrar a alma.

Assim, só resta comemorar a capicua,

com um brinde espumoso ou espumante,

uma celebração da vida.

Tchim, tchim…

25
Ago16

Privilégio (2013)


canetadapoesia

 

 

Nem noite nem dia,

assim a modos que um entremeio.

Subindo a serra devagar,

sem pressas,

mas de olhar atento,

começavam a despontar,

num enorme e limpo céu,

miríades de estrelas brilhantes,

cujo cintilar aumentava com a chegada da noite.

Um espectáculo digno de deuses,

a que este ínfimo mortal,

quiçá por sua explícita vontade,

teve o privilégio de aceder.

23
Ago16

Quase diálogo (2013)


canetadapoesia

 

 

Afinal que se passou?

Porque repete o exame?

Porque se submete de novo a esta adrenalina?

Não correu bem da primeira vez?

 

Quase corria bem.

Se não fosse a negativa até teria passado,

é que estive mesmo lá perto,

era só mais um bocadinho.

Tive oito valores no exame.

23
Ago16

Diversos (2013)


canetadapoesia

 

 

Os momentos são assim,

diversos.

Momentos de felicidade,

momentos de tristeza,

Diversos.

Tão diferentes, tão intensos,

como o palpitar de um coração.

Diversos.

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