Fazes-me lembrar (2013)
canetadapoesia
Sabes-me a amargo nesta manhã submersa,
sem açúcar, como de hábito,
mas hoje estás amargo,
resultado, talvez, da boca ainda doce do jantar de ontem,
ou até, quem sabe, muitas vezes acontece,
da forma como te tiraram,
nem sempre bem, muitas vezes queimado,
mas assim amargo? Com este sabor que desagrada?
É mesmo muito raro acontecer e,
faz-me recordar a vida,
faz-me lembrar os amargos que ela nos traz,
e esconde-nos os prazeres de bons momentos,
os prazeres de um café quente e forte pela manhã.