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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

18
Mai17

Maia (2013)


canetadapoesia

 

 

Pelo Porto passei,

pela Maia andei,

pelos seus passeios cuidados,

vi jardins, verdes, de uma relva tratada,

por ali andavam comboios, o metro assim se chama.

E no belo aeroporto,

de uma moderna escultura,

me refresquei do ardente calor,

que o sol teimava em me enviar.

17
Mai17

Que fúria (2014)


canetadapoesia

 

 

Com a energia que lhe era habitual,

soprava forte, tão forte que assobiava,

já nem sequer me preocupava,

se o cabelo se desalinhava, ou voava mesmo.

Era um vento tardio, mas forte e,

se calhar, por isso mesmo, furioso,

como um dragão, abriu as narinas e delas,

sem impedimentos, saiu com desespero,

açoitava tudo e todos que,

pelo seu caminho se atrevessem.

17
Mai17

Lendas (2012)


canetadapoesia

 

 

Na paranóia da história,

o eco das lendas obscuras,

de ovnis ou discos voadores,

portadores de tantos presságios,

senti que, como na Idade Média,

por entre erráticas alusões a espíritos,

e outros mais que nos povoavam o imaginário,

careciam todos de efeitos práticos,

que o narrar dos seus efeitos pedia.

16
Mai17

Mãe (2013)


canetadapoesia

 

 

Que me geraste,

Que me criaste,

Que me aturaste,

Que me amparaste.

Que me amaste.

Minha mãe.

14
Mai17

A oportunidade (2014)


canetadapoesia

 

 

Aproveitar a oportunidade,

conseguir ultrapassar os bloqueios,

tirar o pé da lama.

Ganhar confiança!

Em nós, no que fazemos e,

ter quem acredite que,

apesar de tudo o que se passa, passou,

somos capazes, conseguimos,

ultrapassaremos o vale escuro,

que da luz da ribalta,

nos encobre dos luminosos raios,

que do sol nos são apontados.

Aproveitar a oportunidade,

deixar o vale, subir a encosta,

expormo-nos directamente ao sol,

sem intermediários, sem obstáculos,

que se interponham e o escondam.

14
Mai17

Estrelas absorventes (2011)


canetadapoesia

 

 

Olho o céu e vejo estrelas,

longínquas, brilhantes e sedutoras,

e nos momentos de clarividência,

reparo que têm uma missão importante,

são aglutinadoras de sonhos.

Olham-nos do alto da sua distância,

distraem-nos com seu brilho intenso,

piscam-nos os inúmeros olhinhos, intensamente,

e escutam os nossos sonhos,

absorvem os nossos pensamentos,

sobretudo, acolhem os sonhos que,

pela vida fora nos assaltam,

os sonhos sonhados e não realizados,

os sonhos do sonho de ser humano e sonhar.

12
Mai17

O peso (2011)


canetadapoesia

 

 

Sinto-o no corpo,

empurra-me para o chão,

arrasta-me na lama da vida,

viro-me e reviro-me,

não consigo a separação,

e aperta-me o coração.

 

Tento em vão libertar-me,

desta tensão que me causa dor,

uma sensação de incapacidade,

porque não liberto a mente,

para pensamentos mais elevados.

12
Mai17

Olhar distante (2011)


canetadapoesia

 

 

Sentado, aguardando também,

passa por mim engalanada,

um olhar distante,

na procura do que espera já estar perto.

Na cabeça umas hastes de rena,

vermelhas vivas sobre bandolete verde,

no olhar o vazio de quem o espera encher,

das saudades acumuladas,

e as hastes na cabeça,

não são mais que um sinal,

para mais fácil reconhecimento,

de quem vem preencher o olhar vazio e distante.

11
Mai17

Ponto de encontro (2011)


canetadapoesia

 

 

Como loucos, alucinados,

deslocados do seu estado normal,

apressavam-se de um a outro lado,

nada viam na passagem,

na ânsia de chegarem,

aos que ansiosamente os esperavam.

Vinham de fora, vinham de dentro,

aqui era o ponto de encontro,

o aeroporto.

De onde saem para a moderna diáspora,

onde chegam felizes para matar saudades,

das vidas que não os acompanharam.

O ponto de encontro de vidas trocadas,

pela voracidade do mundo.

11
Mai17

Levantar de olhos (2011)


canetadapoesia

 

 

Escrevia as patetices do costume,

dedilhava o teclado ao sabor do que me vinha à cabeça,

textos, poesia, coisas diversas,

pelo rabinho do olho sinto uma sombra,

levanto a cabeça e deixo-a viajar até à janela,

e pelo vidro duplo de que é construída,

assisto ao espectáculo da natureza,

como se tivesse sido preparado só para meu deleite,

cai uma folha seca da árvore em frente,

cai outra e mais outra e,

neste corrupio de quedas, pasmo,

talvez uma rajadita de vento,

ou quem sabe o cansaço da espera de vez,

caem como flocos de neve,

seguidas e em quantidade espantosa.

O espectáculo da natureza em todo o seu esplendor.

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