Princesas (2018)
canetadapoesia
De princesas estamos conversados,
não sou de sangue azul,
nem conde, nem barão, muito menos marquês,
que essas coisas não existem numa república,
mas tenho as minhas princesas,
lindas e cheias de esperança no futuro,
não vou, pois, perorar mais sobre o assunto,
a não ser garantir que a elas,
lhes seja dado esse futuro.
E se for o caso,
cá estarei para não as desapontar,
porque por elas, para elas,
tudo valerá a pena,
ainda que tenha de verter o sangue que não é azul,
mas vermelho, cor da raiva que me assalta,
sempre que deparo com as nuvens,
que possam toldar-lhes o crescimento.