Baço brilhante (2016)
canetadapoesia
Sob a luz feérica que acendia a noite,
a cidade resplandecia de beleza
e a lua, do alto da sua sabedoria,
sorria em pleno de bochechas inchadas.
Mas as estrelas não brilhavam como de costume,
estavam baças, pouco cintilantes,
de algumas delas escorria uma lágrima furtiva,
e nas suas pontas brilhantes,
reflectia agora a luminosidade do sal
que das suas lágrimas se soltava.
Porque cobriam o céu sobre a terra,
espalhadas que estavam conseguiam ver tudo
e o que viam entristecia-as.
Por baixo de todo este brilho havia pessoas,
o que seria normal numa cidade feericamente iluminada,
o que não esperavam era ver tanta gente espalhada,
estendida sob as arcadas das portas, debaixo dos viadutos,
envoltos em tudo o que as ajudasse a passar as noites frias
ao luar de uma lua sorridente, debaixo das estrelas entristecidas.