11
Ago19
Imagem (2010)
canetadapoesia
Vista assim desta distância,
sob o manto diáfano do fim de dia,
nada mais sobressaia que o aspecto angélico,
do halo que simetricamente a rodeava.
Aproximo a vista, estendo as mãos.
Tento em vão agarrar por entre os dedos,
o etéreo da imagem que me deslumbra os olhos.
O que me fica nas mãos é ar, é nada.
O vazio continua para além da imagem,
reflectida nos olhos cansados de quem,
dela procura fazer futuro.