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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

31
Jul20

Fumaça (2013)


canetadapoesia

 

 

Enquanto se consumia,

em espiral, esvaindo-se no ar quente da tarde,

com ele se dispersavam os sonhos,

de outras tardes,

de outros dias,

de uma vida que se esfuma no ar.

30
Jul20

Fúria (2013)


canetadapoesia

 

 

Contra mim não,

não arremetas contra quem

nem uma mão levantará para se defender,

não arremetas contra mim.

Mesmo que o faças,

ainda que veja minhas carnes

dilaceradas, rasgadas,

pela fúria que te contempla,

não levantarei uma mão para me defender,

não me atrevo a magoar outro humano meu irmão.

29
Jul20

Um caderninho preto (2013)


canetadapoesia

 

 

Tenho um caderninho preto,

ali escrevo o que me vai pela alma

e faço-o nos locais mais estranhos,

ou talvez não,

mas escrevo tudo o que me vem à mente,

são tantas coisas que me custa lá colocá-las todas.

Mas este caderninho é importante,

não por ser preto,

ou que fosse de qualquer outra cor,

mas porque é o receptáculo das minhas palavras.

Boas ou más, lá estão todas elas,

juntas e formando frases

que têm sentido ou talvez não,

mas são os meus pensamentos,

é a minha alma em escrita de caneta.

28
Jul20

Espera (2013)


canetadapoesia

 

 

Não vens, mas ainda assim,

espero-te,

com a vontade férrea de te ver,

espero-te,

porque te quero perto de mim,

espero-te,

porque não te quero afastada,

espero-te,

sempre que estás longe,

espero-te.

27
Jul20

Espelhos (2013)


canetadapoesia

 

 

Que reflectem as imagens mais prováveis,

as nossas imagens,

aquilo que queremos ver,

o que gostamos de apreciar,

mas os espelhos podem revelar outras coisas,

aquilo que não vemos à vista desarmada e,

ao primeiro olhar não se mostram nos espelhos,

os estados de espírito,

os ânimos e os sentimentos,

os espelhos não nos mostram a nossa alma.

26
Jul20

Mentalidade (2013)


canetadapoesia

 

 

Se mudar, mudamos também,

se não mudar ficamos

capturados pelas teias do passado

e não evoluímos,

e não sentimos os novos ventos.

As mentalidades são assim,

uma espécie de travão

que nos arrasta num chão de escolhos

impedindo-nos o voar mais alto,

livres e soltos,

pelos ventos do nosso ser.

26
Jul20

Milésimo de segundo (2013)


canetadapoesia

 

 

O verde exuberante da floresta,

a densidade cerrada da folhagem,

impenetrável,

quase um paraíso,

só faltava o chilrear da passarada.

Foi essa a centelha que num ápice,

te percorreu os neurónios e chegou ao cérebro,

o aviso da natureza.

Nesse preciso instante caíste de bruços,

rolaste sobre o corpo,

ouviste o zumbido fatal,

que assim seria,

se não conhecesses a linguagem da mata.

Um milésimo de segundo que te salva a vida.

24
Jul20

Disperso (2013)


canetadapoesia

 

 

Choro as lágrimas do riso,

que na felicidade se fazem sentir,

e ao teu lado emociono-me,

com a simples troca de um olhar.

23
Jul20

Tremores (2013)


canetadapoesia

 

 

Retraio-me na vontade de te tocar,

minhas mãos tremem

num prazer antecipado

de nelas sentir o calor do corpo teu,

cresço e multiplico-me

na luxúria de despudorados pensamentos,

antecipo o doce sabor do mel,

que da tua colmeia sagrada

me há-de saciar,

e, no entanto, tremo,

só de em ti poisar o olhar.

22
Jul20

Traços e linhas (2013)


canetadapoesia

 

 

É o que vejo neste areal,

estende-se para lá do olhar.

Traços e linhas

nos corpos tisnados pelo sol,

na intensidade da procura

de um bronzeado para os corpos desnudados.

Traços e linhas

que tapam a impossibilidade de ser tapada,

que de tão finos mal se vêm,

mas os corpos sim,

voluptuosos uns, outros menos,

mas corpos desnudados pelo sol que os aquece.

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