Arestas (2013)
canetadapoesia
Arestas,
afiadas,
que cortam,
que ferem,
que matam.
Arestas,
que se limam,
que se arredondam,
que se despem da maldade corrente.
Arestas,
que podem atingir uma perfeição grosseira,
como os calhaus que no rio,
a corrente vai desgastando até à foz,
e nesse percurso se arredondam e aveludam.