Rios da vida (2013)
canetadapoesia
Não se apagavam na lonjura dos dias passados,
tudo aquilo que recordava,
os bons e os maus momentos.
Não sabia,
nem conseguia quantificá-los,
tantos dias bons, tantos dias maus,
achava mesmo que os maus estavam já a ganhar aos bons.
Deixara-se ir pelos rios da vida,
levado para longe das suas raízes,
deixou-se ir,
atracando num porto nunca imaginado,
mas era agora o seu porto de abrigo,
por enquanto,
até embarcar na viagem que o levaria a outro estado,
um mundo mais justo e suportável.