Imponente, o velho cacilheiro,
aproximava-se de um cais há muito conhecido.
Arribou ao molhe tomando posição,
amarras lançadas ao cais,
acostado e seguro abre os portalós.
A gente desembarca em correria louca,
para chegar nem sei onde,
e o cacilheiro aguarda agora
nova vaga de gentes que entram,
que se acomodam às vistas que ele proporciona,
que partem na dormência que só o rio oferece,
na forma de um velho cacilheiro.
Fecham os olhos e dormitam por um pouco,
ou sonham com outras águas,
mares distantes, sem cacilheiros,
navios de cruzeiro, talvez,
adormecidos pelo leve balançar,
que o manso ondular do rio oferece.
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