Voam gaivotas,
esvoaçam patos,
poisam nos pontões adormecidos
pelo marulhar das águas calmas
sussurrantes em delírio,
coabitam nos mesmos locais,
cruzam-se em voo,
poisam sem se cruzar,
debicam pequenos moluscos
aqui e ali pendurados.
Sem guerras, sem alarmes,
coexistem no mesmo espaço,
as gaivotas cinzentas e brancas,
os patos negros com laivos esverdeados.
Coabitam, coexistem,
sem que as diferenças entre eles,
seja motivo de conflitualidade.
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