Recortas-te na distância que nos separa,
bem definida no azul deste céu que nos cobre,
o teu cinzento escuro, carregado,
ameaça com a certeza de que não tarda está aí,
e vem borrasca pela certa,
daquelas fortes com muita água e vento à mistura,
e nós, aqui por baixo, olhando,
tentando adivinhar o momento da soltura,
o momento em que pesada e cansada abrirás as portas,
desse imenso dique que conténs,
e de lá se soltarão as tormentas
que limparão o céu e a terra
da imundície que nos rodeia.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.