A rua deserta, fria e solitária
da noite longa que atravessas,
a parede como suporte,
e o cigarro que vai aquecendo
o corpo já quente que aguarda
um outro corpo, frio e solitário também,
que procura o calor desse teu corpo que ofereces.
Entregas-te a troco de algo, a troco de nada,
entregas-te a troco de quê?
A troco da satisfação da necessidade,
que encontra a necessidade de satisfação
de um corpo frio no teu corpo quente.
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