No habitual (2013)
canetadapoesia
É andar de um a outro lado,
o habitual, correr para aqui e ali,
perseguindo o perpétuo movimento
que a vida obriga a percorrer.
Latejando pela pressa,
coração a disparar em cavalgada
desnecessária face às prioridades
que definem as correrias,
como nefastas ao equilíbrio
de uma vida que se quer feliz.
Então procura-se,
com o alargar da passada,
chegar mais cedo,
correr para a meta e,
na loucura da corrida
se perde o essencial que a origina,
o encontro da felicidade.