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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

30
Jul21

Branquinha (2014-09-14)


canetadapoesia

 

 

Aproximou-se de mim,

estacionou mesmo à minha frente,

parada, a olhar-me dos seus alvos fiapos de quase neve.

Nos seus bordos escrevi uma só palavra,

saudade.

Soprei-a, dei-lhe movimento,

via-a partir majestosa,

cruzando os céus da minha alma,

levando para sul a palavra,

na esperança que por ti passasse,

e no momento adequado,

a deixasse cair a teus pés.

29
Jul21

Passam sem pressa (2014-09-12)


canetadapoesia

 

 

Caminham para sul,

sem pressa, sem destino certo.

 

Vagueiam pelos céus

do universo que me rodeia,

da minha imaginação.

 

Levam com elas

sonhos, esperanças,

um mundo imaginário.

 

E passam diante de mim que,

sentado ao sol, as vejo,

depositando futuros em longínquas paragens.

 

As nuvens brancas que por mim passam,

de norte a sul, levam no bojo os meus desejos.

28
Jul21

Verdes (2014-08-09)


canetadapoesia

 

 

Que lindos olhos verdes,

da cor dos campos que te rodeiam.

Uma pele morena,

tisnada pelo sol da planície que percorres.

Um cabelo ruivo,

de tanto vermelho,

do sangue que invadiu estas paragens.

Quem és?

De que pátria?

Pura invenção dos homens,

bem podias ser de uma qualquer.

Correm em ti os ventos de um universo que se prolonga,

de pólo a pólo,

de norte a sul,

de ocidente a oriente,

e no entanto,

estás na Ibéria,

de onde o mundo se fez mundo.

27
Jul21

Nuvem (2014-09-09)


canetadapoesia

 

 

Olha aquela nuvem!

Que bem desenha o mapa do mundo,

e nele, distintamente se vêem,

a Europa,

e melhor ainda a Ibéria,

com África logo em frente.

A separá-las,

apenas um pequeno abraço de mar.

26
Jul21

Sob a macieira (2014-09-03)


canetadapoesia

 

 

Ao redor havia sol,

muito junto ao tronco

circulava um traço da tua sombra,

sentado sob a sua protecção

olhava o longe,

que se misturava com o enorme espaço azul

à minha frente desenhado.

 

As térreas casas de pedra erguidas

não me impediam de alcançar os maciços montanhosos,

e, para lá deles,

havia um mundo que, conhecendo-o,

o desconhecia por completo.

25
Jul21

Verde e azul (2014-09-09)


canetadapoesia

 

 

Envolveste-me em verde,

cobriste-me de azul,

fizeste-me sentir a Tua força.

 

Mostraste-me a minha pequenez.

 

E eu perdido entre os penedos

olhando a encosta abaixo,

de onde regurgitavam

os amarelos da giesta que a cobria.

 

Que bonitas cores tem a natureza.

23
Jul21

Noite estrelada (2014-08-17)


canetadapoesia

 

 

Para lá da escuridão mais próxima

todo um mundo de estrelada iluminação

e a noite transformada,

e o céu de azul em escuro pintado,

em abóbada estrelada engalanado.

Na brilhante Ursa Maior me enleio,

perco-me na Menor,

e na Cassiopeia descortino mais,

todos os sonhos do mundo.

22
Jul21

No cimo da montanha (2014-08-15)


canetadapoesia

 

 

Depois da subida,

chegando bem ao alto,

tendo por cobertura,

o tecto do mundo,

azul-celeste, muito azul,

aqui e ali branqueados por fiapos de alvas nuvens.

Para baixo o vale profundo,

salpicado de empedradas casinhas

já fumegantes a esta hora da tarde,

que o frio da montanha cedo se faz sentir.

Nas encostas o verde cerrado,

vai dando lugar ao negro que da noite vai surgindo.

Mas aqui,

do alto da montanha,

descobrimos um mundo diferente.

21
Jul21

A arte de comer (2014-09-11)


canetadapoesia

 

 

Que eu como, não tenho dúvidas,

que gosto de saborear, nem discuto,

que procuro na simplicidade de uma refeição

obter os melhores manjares, já nem comento,

com boa companhia então, é o paraíso.

Para evitar a boca seca,

o néctar de Baco deve ser do melhor possível,

e assim vivemos a vida que nos cobra

tantos maus momentos,

mas que nos dá tanta alegria também.

20
Jul21

Esfumado no ar (2014-09-20)


canetadapoesia

 

 

Um café quente,

fumegante,

da chávena aquecida,

soltam-se pequenas colunas de vapor.

Um cachimbo aceso,

da sua fornalha em brasa,

evoluem colunas de fumo branco,

intenso.

O aroma invade o espaço.

Entre o café e o tabaco perfumado,

algo em comum se desenrola,

ambos esfumaçam,

ambos criam prazer,

ambos se perdem no ar.

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