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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

19
Jul21

Prenhe de luz (2014-08-10)


canetadapoesia

 

 

Chegaste e encheste o quarto,

espraiaste-te nos lençóis,

envolveste-me nos teus braços.

Enrolei-me no meu canto,

passámos a noite juntos,

sempre envolvido no teu abraço.

 

Estavas enorme,

prenhe de luz,

brilhavas intensamente.

Era noite de lua cheia,

e na tua imensidão,

encheste a minha noite da tua.

17
Jul21

Tanto papel (2014-09-10)


canetadapoesia

 

 

Tanto papel,

tanta árvore desperdiçada.

Limpei a secretária,

dois sacos de papel enchi,

coisas passadas,

coisas sem préstimo,

coisas que se arrecadam ao longo dos tempos.

No fim, o sentimento do derrube,

Do nosso próprio oxigénio.

16
Jul21

Quase verão (2014-09-21)


canetadapoesia

 

 

Esticado na cadeira,

pernas poisadas sobre a mesa,

dormitava sob o sol quente

que o astro rei tão generosamente,

para seu deleite, ali depositava.

E via a vida passar,

numa tarde amena de quase verão.

15
Jul21

No horizonte (2014-09-20)


canetadapoesia

 

 

Já se punha o sol no horizonte,

da sua intensa luz enfraquecida,

despontavam nos céus sombras da passarada

que em louca correria

demandava o abrigo nocturno.

Na frondosa árvore da planície,

em bandos se juntavam para a noite ali passar,

e o concerto chilreante pré-noctívago,

explodiu numa variedade de acórdãos estonteante.

Era o fim de tarde na planície imensa.

12
Jul21

Velas ao vento (2014-09-05)


canetadapoesia

 

 

Olho para o rio e deparo-me

Deslumbrado

Com a enorme quantidade de velas que ao vento ali estavam.

E eu em terra.

A água serena debruada por brancas asas de espuma

Atraíam os meus desejos, a minha vontade

Mas eu estava em terra.

Tenho de voltar ao mar

Tenho de voltar ao vento

Tenho de dar asas à liberdade de sentir a liberdade do mar.

10
Jul21

Na mata (2014-08-10)


canetadapoesia

 

 

Ao crepitar da fogueira

se juntaram outros crepitares,

corpos cansados,

almas quase penadas,

para ali viventes no meio do matagal.

Os velhos fumavam

quase sem se ver que o faziam

e as mulheres

ajeitavam os filhos pelas costas doridas.

A janta perfumava o ambiente

com o saboroso aroma a palma

que no ar se espalhava

ali, no meio da mata tudo se passava

do mundo conhecido na mata.

09
Jul21

Entardecer da vida (2014-09-09)


canetadapoesia

 

 

A vida tem manhãs, tem noites,

tem sempre um amanhecer,

acabando por entardecer também.

Não vejo nisso nenhuma tristeza,

vejo um ciclo que nos leva a entender

o significado da nossa passagem,

o significado da própria vida.

E sabemos com antecedência

que este entardecer não leva a nenhum ocaso,

é somente uma viragem na página do mundo,

acontece um entardecer,

vira-se a página,

recomeça outro amanhecer.

Renovamos o mundo com a nossa própria renovação.

08
Jul21

Um pormenor (2014-09-22)


canetadapoesia

 

 

Olho um pormenor

e não deixo de o imaginar

inserido noutros que no seu conjunto

criam um todo harmonioso.

Um pormenor nos atrai

um pormenor nos afasta.

A importância do pormenor é tão vasta

que sem ele,

nunca apreciaríamos a subtileza da arte de tantos pintores.

07
Jul21

Porque gosto (2014-08-09)


canetadapoesia

 

 

Porque gosto de apreciar o mar

que apesar da sua profundidade nos brinda

com uma multiplicidade de matizes.

 

Porque gosto de apreciar a lua

que apesar da distância a que se encontra nos brinda

com o seu esplêndido brilho.

 

Porque gosto de sentir o sol

cujos raios percorrem o espaço e nos brinda

com a sua luz e o seu calor.

 

Também gosto da vida

que com as suas matizes, brilhos e calores,

nos permite apreciar as mais pequenas coisas

com a felicidade com que as olhamos

como se de grandes se tratassem.

06
Jul21

A palavra encavalitada (2014-09-04)


canetadapoesia

 

 

A palavra que se encavalita noutra qualquer

não passa de um estorvo ao que a mente

essa coisa que nos faz mover

quer transmitir e não consegue.

 

Agrupam-se estapafurdiamente

alienam o sentido da frase e

conseguem estragar um dia de poesia.

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