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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

30
Nov21

Poder da oração (2014-10-12)


canetadapoesia

 

 

A oração faz-me sentir calmo,

pacifica-me o espírito,

expande-me a alma.

Quando falo com Ele,

falo também para mim,

sinto o fervilhar do meu ser

em cada momento de recolhimento,

e em cada um deles,

muito tenho de pedir,

hoje mais do que nunca,

e tanto que tenho de agradecer.

27
Nov21

Impulsos (2014-10-09)


canetadapoesia

 

 

São tentações imediatas,

solicitações a que não posso

nem consigo dizer não,

necessidades, talvez,

de que o verbo que corre

livremente pela mente,

se transforme em palavra,

escrita e entendível,

de preferência perceptível.

 É a mente, a imaginação,

que cria o verbo

que se faz palavra e que,

em simples frases soltas,

se transforma em alma

na vida de cada um,

nela, com o coração preso ao verbo,

nasce o poema que encanta.

26
Nov21

Dei por mim (2014-10-09)


canetadapoesia

 

 

Acordo do torpor mental,

dou por mim absorto,

numa coisa de nada,

em algo a que não se dá, vulgarmente,

qualquer importância.

No entanto, a observação,

conduz-nos por outros caminhos,

e leva-nos nas asas do pensamento,

para questões mais filosóficas,

e verificamos da importância da “coisa de nada”.

Era só o pé de uma cadeira,

mas sem ele a suportá-la,

certamente não se susteria,

liberta e segura para,

suportar o abstracto pensador.

25
Nov21

Debaixo de um sorriso (2014-11-05)


canetadapoesia

 

 

E, no entanto, entraste sorridente,

o rosto iluminado, mas,

o semblante carregado,

ainda que por baixo do sorriso,

com que brindavas o dia,

e saudavas as gentes.

Estava latente uma mágoa e mais que isso,

o que escondiam os óculos escuros,

não se podia negar.

Eras mais uma das que dão vida,

sustentam-na e depois,

são simplesmente levadas ao extremo,

de uma violência que marca, que deixa sinais,

num corpo que devia ser sagrado,

que devia ser para amar e,

venerar no ventre que dá a vida.

Debaixo do sorriso, a mágoa da brutalidade.

24
Nov21

Espalhados (2014-10-09)


canetadapoesia

 

 

Pela sala dispersos,

aguardam a chamada,

que de um impessoal canto,

do tecto esburacado,

como enfeite, é claro,

se solte a voz que, em bom som,

alto e abrangedor,

há-de pronunciar o seu nome.

Até lá, ocupa-se o tempo,

não lendo, jornais ou livros,

mas manuseando o “gadget”.

Telefones de todos os tamanhos,

feitios e cores diferentes,

servem de consolo a quem,

na sala de espera,

espera que o chamem,

e eu,

escrevo umas coisinhas.

22
Nov21

Espera-se (2014-10-09)


canetadapoesia

 

 

Na sala de espera, pois,

espera-se!

Por alguma coisa,

por pessoas ou notícias.

Espera-se,

que o correr do tempo

nos traga novas,

que nos aquietem e informem,

que afinal são novas e,

boas novas que aí vêm.

Espera-se,

vincando o desespero da espera,

enaltecendo a virtude

que nos dá força e energia,

espera-se com fé e esperança,

que as novas sejam novas.

21
Nov21

Por entre edifícios (2014-10-08)


canetadapoesia

 

 

Corria fresco entre os edifícios,

desperto para o corredor

que à sua frente se abria,

quando nos afagava o rosto,

calmo e fresco se fazia sentir.

Trazia consigo os cheiros da terra,

vinham de longe,

e por entre a folhagem das árvores,

carregava-se do perfume silvestre

com que nos inebriava.

Um vento de travesso,

que já se fazia sentir entre as orelhas,

trazendo consigo os odores dos campos outonais,

forçando a sua entrada nas ávidas narinas,

onde depositava os perfumes da vida que,

com as águas recentes, se fazia anunciar,

nascendo vibrante,

em cada nova rabanada e gota de água caída.

20
Nov21

Piropo (2014-10-07)


canetadapoesia

 

 

A carne é fraca e nem sempre o desejo é célere,

mas o piropo que se afina,

com a facilidade com que os olhos fazem a descoberta,

não se engasga e solta-se,

vibra aos ouvidos e percorre o etéreo,

num segundo atinge os sentidos de quem dele precisa,

para se sentir a rainha do dia,

e quando chega, mesmo inesperado,

um sorriso tímido aflora aos lábios,

do alvo de tal manifestação.

“Vem comigo, vamos visitar o paraíso”.

18
Nov21

Defronte dos olhos (2014-10-07)


canetadapoesia

 

 

Desfilam perante meu olhar,

tento abstrair-me,

não quero ligar-me à sua existência,

mas eles teimam em desfilar,

bem debaixo do meu nariz.

Não resisto,

com a rapidez que um raio,

não conseguiria acompanhar,

abocanho um, trinco-o,

de mansinho para sentir o gosto,

deixo-o espalhar-se pelo palato,

remexo os olhos com o prazer

que da boca me acompanha a alma,

o sacrifício é feito,

mais umas gramas no corpo,

mas um imenso prazer na alma.

16
Nov21

Perdido no horizonte (2014-10-06)


canetadapoesia

 

 

Olhando para cima do que se vê,

e nada consta de registo,

um olhar que se perde por aí,

longe do estender de um braço,

fora do alcance de uma mão,

sobretudo, para além da visão

que a vista alcança, mas não vê.

Embacia-te o olhar,

que a vastidão do horizonte

desencanta de futuros e

olhos sem ver que, para além,

para mais longe que esse horizonte,

nada mais vês que desilusão,

então deixas de processar

as imagens que te magoam,

que te retiram os sonhos,

que te embaciam o futuro,

perdes-te no horizonte desse olhar perdido.

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