Atravessando a imensa “chana”,
que me separava de uma ponta a outra do Rossio,
gozando o sol quente que me inundava, num pós almoço especial,
deparo-me com a minha juventude.
Ali mesmo, em pleno Rossio, à minha frente,
o velho companheiro de tantas farras de garagem,
e de outras paragens também.
O inevitável abraço, as trocas de mimos, a pergunta pelas crianças,
uma forma elegante de esconder a nossa velhice,
o prazer do reencontro daquela cara sempre alegre,
o sorriso simpático que sempre o acompanhou,
e ainda lhe mantém os traços da juventude.
O meu amigo Chila e mulher, e que bem que eles estavam,
estas coisas fazem mesmo bem à alma,
encontrar velhas amizades e encontrá-las bem.
Este mundo que se une e se regozija,
com o encontro das juventudes passadas,
para uma saudade inesgotável,
neste ponto de encontro universal a que chamamos Rossio.
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