Já me acompanha faz tempo,
pela minha idade diria que pelo menos,
há uns bons quarenta e poucos anos,
companheirão das boas e más horas,
o cachimbo, de que possuo uma boa mostra de variados exemplares.
Ninguém me conhece sem ele e,
nos momentos de silêncio,
na paz dos pensamentos,
na solidão das multidões,
sempre ele para me acompanhar.
Mais tarde, velhice talvez,
o charuto se anuncia,
não um companheiro desta viagem que é a vida,
antes a companhia do prazer,
da gula ou outro qualquer,
mas sem dúvida do prazer puro e duro,
sem que nunca retire o lugar do cachimbo.
Prazeres da vida.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.