“Uma moedinha”,
ouço repicar a meus ouvidos,
“para uma sandes”,
diz a voz do outro lado da cabeça.
Levanto os olhos,
através dos andrajosos vestires,
reconheço a necessidade,
não sei se é para a sandes,
não me interessa para que fim,
sei que não posso resistir,
a tão intenso olhar.
Do bolso a retiro,
na sua mão a deposito,
com receio que se perca,
de imediato cerra o punho.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.