A Europa que sonhei (2014)
canetadapoesia
Ali estava eu, perante o sonho,
defronte da Europa que sonhara,
e era esta, desta forma, mais ou menos assim,
talvez com ligeiros retoques,
ainda que mínimos, sem grande importância,
mas a Europa que me levou ao sonho,
de um europeu que se quis assim mesmo,
que se meteu a europeu como os europeus,
ainda que mais próximo do Magrebe,
mesmo junto a uma África que,
em estado ainda impróprio, relativamente a esta Europa,
faça também parte deste mundo, com fronteiras ligadas,
com os restantes que da Europa são países e mais ainda,
valores, princípios e cultura aproximadas.
A Europa que eu sonhei.
Esta frase está no que aqui encontrei,
onde as diferenças se esbatem,
não onde se alavancam até não se descortinarem as pontes,
a Europa que propõe a alternativa muito mais ecológica,
dos carros eléctricos que se cruzam nas suas ruas,
ao invés do automóvel poluidor,
e que prefere a felicidade do seu povo,
em vez de apostar na destruição da sua cultura.
Esta é a Europa que eu sonhei.