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Jun19
Ambiências (2015-01-16)
canetadapoesia
À volta o ruído impróprio,
quando se quer silêncio,
quando se procura inspiração,
quando se quer escrever,
quando a alma intenta poetizar.
São chávenas e copos, são pratos e talheres,
tudo bate, tudo cai ou,
é atirado sem parcimónia,
para recipientes de lavagem,
ou mesmo de reciclagem.
Mas ao fundo da sala,
da mesa mais distante e recatada,
sai um ruído diferente,
e o que foi incomodativo se transforma,
em surpresa pelo agradável que era,
tão somente ligeiro e humano,
um choro de criança.
Que agradável momento.