28
Jan20
Amores (2011)
canetadapoesia
Do recanto que ocupo,
a vista alarga-se abrangente,
e ao longe, bem para a frente, distingo,
por estes pingos de chuva que teimam em cair,
a estrutura imensa que o homem sonhou,
a agora eleva-se impante sobre as águas,
sobre o rio que lhe serve de leito.
Ao longe é uma pérola,
brilhante sobre estas águas,
ao perto, um prodígio da engenharia,
e à noite, que maravilha,
quando se acendem as suas centenas de luzinhas,
tremelicando sob as estrelas, concorrendo com elas,
sob o plácido olhar do Cristo Rei,
desperta em nós os efeitos
dos prazeres e dos amores.