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Mai15
Bater de asas (2015-02-17)
canetadapoesia
Como num bater de asas,
evaporei-me no ar,
deixei para trás tudo o que,
com o passar do tempo,
me vinha azedando a psique.
Num vislumbre e último olhar,
virei a cabeça já mais leve,
passeando-a pelo espaço,
alguns rostos admirados,
com a destreza da saída,
outros, aliviados de sorriso maldoso.
Em mim a saudade que já não o era,
pela liberdade adquirida e,
no sonho não sonhado de que,
ali, não havia amigos,
só passageiros do mesmo comboio,
que um dia seguiriam as minhas pisadas.