Sinto-o em mim,
afaga-me o rosto,
envolve-me o corpo,
num frémito me percorre,
e chamo ao vento.
Sem outra resposta que um silvo
sibilante na sua passagem por mim.
Já não espero que me respondas,
nem sei se o queres ou podes fazer,
mas eu contínuo esperançoso,
e chamo ao vento, já mais baixinho,
para que não se perca
nesta voragem que é a tua correria.
Ínsito e repito sem resultado,
Não me ouves, não me sentes,
E chamo ao vento, continuamente,
sem que ele me traga novas,
sem que ele te traga para mim.
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