14
Dez17
Chorou o céu (2015-01-16)
canetadapoesia
Um lençol de água,
estendeu-se do céu à terra,
e caia sem parar, copiosa.
O choro do céu sobre a terra.
E ela absorvia tanta água quanto podia,
mas a sua capacidade era limitada,
transbordou, inundou tudo ao redor,
arrastou o que encontrou pelo caminho.
Quando o céu se cansou, parou,
achando que era o suficiente,
para lavar a alma desta cidade.
E nesta noite abençoada,
O céu brilhou mais que nunca,
a cidade apareceu com um ar de limpeza,
as luzes eram mais nítidas,
até as folhas desapareceram das ruas.
O choro do céu sobre a terra,
a limpeza da alma de Lisboa.