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Nov21
Debaixo de um sorriso (2014-11-05)
canetadapoesia
E, no entanto, entraste sorridente,
o rosto iluminado, mas,
o semblante carregado,
ainda que por baixo do sorriso,
com que brindavas o dia,
e saudavas as gentes.
Estava latente uma mágoa e mais que isso,
o que escondiam os óculos escuros,
não se podia negar.
Eras mais uma das que dão vida,
sustentam-na e depois,
são simplesmente levadas ao extremo,
de uma violência que marca, que deixa sinais,
num corpo que devia ser sagrado,
que devia ser para amar e,
venerar no ventre que dá a vida.
Debaixo do sorriso, a mágoa da brutalidade.