15
Set21
Dias de doidice (2014-09-17)
canetadapoesia
Senti-me doido,
nervoso,
sei lá como me senti.
Mas sei que nestas alturas,
a caneta corre-me sobre o papel como nunca,
e escrevo,
escrevo poesia como se a estivesse a viver no momento.
Nem sequer me detenho a avaliar,
despejo o que me vai na alma,
com a mesma violência com que me aparece.
Questiono-me por vezes,
será que vale a pena?
Será que tem alguma qualidade?
Será que alguém a percebe?
Será que me percebem?
Que percebem esta mente deslocada no tempo,
quase a roçar o ensandecimento?
Dias de doidice, nada mais.