Sem querer ou imaginar, vens-me à adormecida memória.
Em sonhos, soltos e espaçados,
adormecido na noite silenciosa,
em absoluto descanso mental,
desperto em outra dimensão,
apesar de tudo estou vivo.
Tento que o presente seja o toque de ordem,
prevaleça sobre o passado que,
de alguma forma já é distante, mas não o controlo.
E no entanto...
Ali estás na noite escura e silenciosa,
mordendo os lábios, olhando-me provocadora,
excitando-me a libido, destroçando o meu descanso.
Como uma realidade, assim vivo o sonho, me desfaço,
e me convences e torturas, com as tuas mãos quentes,
a língua irrequieta e o corpo insaciável.
Rendido a teus encantos me deixo soçobrar,
e o silêncio da noite se transforma em grito de amor e prazer.
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