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Nov21
Espalhados (2014-10-09)
canetadapoesia
Pela sala dispersos,
aguardam a chamada,
que de um impessoal canto,
do tecto esburacado,
como enfeite, é claro,
se solte a voz que, em bom som,
alto e abrangedor,
há-de pronunciar o seu nome.
Até lá, ocupa-se o tempo,
não lendo, jornais ou livros,
mas manuseando o “gadget”.
Telefones de todos os tamanhos,
feitios e cores diferentes,
servem de consolo a quem,
na sala de espera,
espera que o chamem,
e eu,
escrevo umas coisinhas.