08
Dez21
Insaciável (2014-10-22)
canetadapoesia
Chupava e voltava à carga,
arremetia violentamente e,
voltava a chupar, sofregamente,
como se o néctar da vida,
que ela lhe tinha proporcionado,
pelas belíssimas fábricas maternas,
os volumosos e repletos seios,
se esgotasse abruptamente.
Repleto de lauta refeição,
gozando do prazer do estômago cheio,
sorria e gracejava em chilreios,
para o mundo que o observava,
sentia-se que pelo menos,
este não passava fome,
porque mãe que se preza,
alimenta o filho,
mesmo com parte de si.