Assim o meu bolso fosse largo o suficiente
e tão fundo quanto possível para que,
nas suas profundezas guardasse o que me aprouvesse.
Guardaria a lua cheia da sua luz brilhante,
guardaria um punhado de estrelas
e entre elas escolheria as mais brilhantes,
talvez mesmo algumas constelações,
daquelas que, ao juntar as estrelas,
formam figuras que à vista se descobrem,
ou que simplesmente se imaginam,
na fertilidade das mentes limpas e almas quase puras.
Um bolso onde coubesse o sonho e onde,
o espanto se ajustasse ao tamanho do deslumbramento,
quando olhamos o universo que nos rodeia.
No fundo, o que eu queria mesmo,
é que no meu bolso coubesse o mundo,
o que existe e ainda melhor que isso,
o mundo que no meu sonho crio de coração limpo.
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