Passavam as horas,
a noite adensava o seu negrume.
Na rua, as luzes dos candeeiros bailavam
numa dança que o vento proporcionava.
A chuva miudinha vinha bater na janela,
e o calor da cama reclamava o corpo.
Ele não se entregava
ao prazer de uma noite sossegada,
primeiro, tinha de ir à janela,
mesmo chovendo e ventando.
Nunca seria uma boa noite,
se não visse primeiro a lua e as estrelas.
Deitou-se e repousou pelo resto da noite.
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