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Caneta Da Poesia

Caneta Da Poesia

05
Abr17

Pássaro estranho (2013)


canetadapoesia

 

 

É enorme e tem um voo pesado,

vi-lhe a sombra sobre a terra,

escurecendo espaço,

onde já tinha marcado a aterragem.

E eu imóvel.

Em cima do muro pousou e,

Num tiquetaque vibratório,

Rápido e infinito, perscruta à volta.

E eu imóvel.

Saltita pelo cimo do muro,

esvoaça para o maracujá,

sabe escolher o passarão.

E eu imóvel.

Debica, perfura, extrai,

em menos tempo do que leva a contar,

comeu, bebeu e alçou voo perdendo-se no céu,

deixei de o ver e apesar disso, com receio de o assustar,

contínuo imóvel.

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