28
Set14
Perdão (2012)
canetadapoesia
Um não bastou,
zangaste-te.
Se o olhar ferisse,
tinha sido de imediato trespassado.
Baixei os olhos, a cabeça acompanhou-os.
Mascarei a face,
com um olhar triste e desolado.
Retornaste a mim o teu olhar,
fitaste-me e mudaste o teu semblante.
Aproximaste-te, acariciaste a minha mão.
De sorrisos vestido aproximámos as cabeças e,
na minha face,
sobre a barba que te picava os lábios,
depositaste um beijo.
Estava perdoado.