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Nov21
Por entre edifícios (2014-10-08)
canetadapoesia
Corria fresco entre os edifícios,
desperto para o corredor
que à sua frente se abria,
quando nos afagava o rosto,
calmo e fresco se fazia sentir.
Trazia consigo os cheiros da terra,
vinham de longe,
e por entre a folhagem das árvores,
carregava-se do perfume silvestre
com que nos inebriava.
Um vento de travesso,
que já se fazia sentir entre as orelhas,
trazendo consigo os odores dos campos outonais,
forçando a sua entrada nas ávidas narinas,
onde depositava os perfumes da vida que,
com as águas recentes, se fazia anunciar,
nascendo vibrante,
em cada nova rabanada e gota de água caída.