Quando me ponho a olhar-te
deixo-me enlevar por esse minúsculo corpo
e perco-me nesse rosto e nas pregas
que ainda compõem o teu crescimento.
Dobra aqui, mais refego ali e uma pele,
que de tão lisa, até brilha na semi-escuridão do quarto.
Não me canso de perscrutar cada esgar,
um sorriso ou mesmo um queixume,
sempre procurando que daí consiga
ver ou descortinar um futuro para ti.
Sondagem infrutífera, que o futuro
não se deixa assim vasculhar,
a surpresa é a única premissa garantida.
Mas quando me ponho a pensar
no anjinho e inocente que és só posso ter uma certeza,
que todos os anjos do céu te protegerão,
que na terra tens mais alguém a ajudar com carinho e amor
com que serás eternamente brindada.
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