17
Mai17
Que fúria (2014)
canetadapoesia
Com a energia que lhe era habitual,
soprava forte, tão forte que assobiava,
já nem sequer me preocupava,
se o cabelo se desalinhava, ou voava mesmo.
Era um vento tardio, mas forte e,
se calhar, por isso mesmo, furioso,
como um dragão, abriu as narinas e delas,
sem impedimentos, saiu com desespero,
açoitava tudo e todos que,
pelo seu caminho se atrevessem.