Sentir a poesia (2012)
canetadapoesia
Porque a poesia se sente,
entranha-se das formas mais inesperadas,
e vem da alma e do sentir,
não da razão que a racionalidade impõe.
E se a escrevo porque a sinto nos momentos mais improváveis,
é porque a sinto também vinda desta alma que se atormenta,
quer nos momentos críticos ou no estertor económico,
mas também naqueles em que o sentimento aplaude.
E eu escrevo o que me vai na alma,
por puro prazer de escrever, gostem ou não,
e sinto o que à minha volta vejo,
e choro com as lágrimas interiores,
que nenhum estranho visiona mas que o meu peito,
inchado de sofrer, resguarda da curiosidade alheia,
enchendo o coração que um dia pode vir a transbordar.