06
Mar20
Tantas madrugadas (2012)
canetadapoesia
São tantas as horas debruçado,
de caneta na mão,
sobre a folha branca à minha frente,
tantas as noites interrompidas,
pelo despoletar de uma ideia,
que de imediato deve ser acautelada,
não vá a memória trair-nos.
Tão poucos o entendem,
tão poucos o apreciam,
e tanto trabalho desperdiçado,
no entanto, não deixo de a escrever.
Ainda que não venda livro nenhum,
a poesia tem lugar cativo a meu lado,
e eu durmo e acordo,
vivo o dia e a noite,
e vou sonhando poesia,
ainda que não a entendam,
ainda que não a valorizem.