Impiedoso, assim se apresentava,
este sol que nos aquece e de quem
nos enamoramos quando falta e,
nos dias cinzentos nos cala a alma.
Mas assim, a pique, torra-nos o corpo
na breve urgência da procura
de uma sombra retemperadora,
amena e descarada na sua frescura,
abrigamo-nos dos seus calores,
evitamos os seus incandescentes raios,
retemperamos o corpo com a procura satisfeita.
Nesta tarde, quente, me sossego,
sentado, esperando que alguém,
um leitor ou candidato a tal,
se resolva aproximar, apreciar,
porque não, também, escolher entre tantos,
o livro que tenho à frente e quero apresentar,
~que escrevi e na alma desenhei,
um romance, nesta Lisboa ocorrido,
de amor, de paixão e da tristeza que,
destas ruas pejadas de gente,
não se veja o fim da miséria humana
de quem tem por tecto o céu
e que nas noites frias de inverno,
se cobre e resguarda com o fascínio da lua.
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